Lugar de Mulher é Onde Ela Quiser - Resenha crítica - Patricia Lages
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Lugar de Mulher é Onde Ela Quiser - resenha crítica

Lugar de Mulher é Onde Ela Quiser Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Carreira & Negócios

Este microbook é uma resenha crítica da obra: 

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 8578609034, 978-8578609030

Editora: Thomas Nelson Brasil

Resenha crítica

Apesar de muitos pensarem de outra forma, ser empreendedora não significa abrir um negócio ou trabalhar por conta própria. Empreender é um verbo que precisa estar presente na vida de todas as mulheres que desejam ser bem-sucedidas. Funcionária de carreira, profissional liberal, freelancer ou empresária, não importa, mais do que trabalhar, a mulher deseja conquistar o seu espaço. Este pode não ser o local onde dizem que ela deve estar, mas é aquele que escolheu.

No livro “Lugar de mulher é onde ela quiser”, a autora, Patricia Lages, desvenda os segredos do mundo corporativos e indica o caminho do empreendedorismo com dicas práticas. Vamos descobrir também?

A filosofia do empreendedorismo

Ser empreendedora não é algo relacionado apenas à sua carreira, e sim um estilo de vida. Para entender melhor a filosofia deste estilo de vida, a autora estudou um dos filósofos mais importantes da história: Aristóteles.

Vamos supor que você ainda não está no local onde gostaria. Normalmente, a primeira pergunta que nos vem à mente é “como posso me tornar o que eu quero ser?”. Aristóteles acredita que a mudança só acontece por meio da passagem da potência ao ato.

  • Ato: o que as coisas são.
  • Potência: o que as coisas podem vir a ser.

Por exemplo, quando vemos uma semente, sabemos que naquele momento ela é apenas uma semente. Isso é o ato. Mas, também podemos dizer que a semente pode se transformar em uma árvore, ou seja, ela é potencialmente uma árvore. E não para por aí, já que a árvore pode vir a dar frutos, assim como pode passar por uma transformação e virar uma cadeira. Isso é a potência.

Ao levar esse ensinamento para o empreendedorismo, entendemos que a empresa ou a carreira bem-sucedida que você tanto almeja pode ser do tamanho de uma semente. Porém, se você tomar as atitudes certas e estiver disposta, as coisas vão acontecer.

Ainda falando de Aristóteles, a autora estuda a definição do filósofo sobre a construção do conhecimento. Segundo a filosofia aristotélica, o começo do conhecimento se dá no mundo material. Em outras palavras, o que você não viu ou experimentou, não existe na sua vida. De acordo com Patrícia Lages, os cincos passos para a construção do conhecimento têm tudo a ver com empreendedorismo.

  1. Sensação - você só começa a compreender algo a partir do momento que vivencia a sensação que aquilo provoca.
  2. Memória - é o registro da sensação, o que faz você começar a raciocinar sobre determinada coisa. Por exemplo, quando você consulta as suas lembranças anteriores para solucionar um problema atual.
  3. Experiência - vivências materiais, ou sensações, que são armazenadas em sua memória e vão compor a experiência. Quanto mais vivências você experimentar, mais facilidade terá em compreender.
  4. Arte/técnica - você começa a criar estratégias e sistemas para ter melhores experiências e resolver possíveis problemas.
  5. Ciência - o resultado final é o conhecimento real de uma determinada coisa. Segundo Aristóteles não é só pensando sobre determinado assunto que você adquire conhecimento. E sim, sentindo, criando uma memória, vivendo experiências e buscando técnicas para melhorar os resultados.

Para finalizar os estudos de Aristóteles, a autora traz a definição do filósofo sobre as quatro causas que influenciam na formação das coisas. De acordo com ela, estes ensinamentos vão ajudá-la no desenvolvimento do seu negócio ou carreira de sucesso.

  1. Causa material - é saber do que as coisas são feitas, de quais matérias elas são compostas. Por exemplo, uma camiseta é feita de algodão, um material que é plantado, colhido e submetido a diversos processo até se tornar a peça de roupa. Assim também são os negócios. Ele precisa ser criado a partir de algo.
  2. Causa formal - é o que nos faz reconhecer as coisas como elas são. Como no exemplo da camiseta, quais são as características que nos fazem identificá-la como peça de roupa? Os negócios são da mesma forma. Como as pessoas vão identificar sua empresa ou desempenho entre tantas opções?
  3. Causa eficiente ou causa motor - significa que tudo vem de alguma coisa e passa por um processo. Assim como vimos no exemplo da semente se tornando árvore.
  4. Causa final - o objetivo, a finalidade da existência de determinada coisa. Qual a finalidade do seu negócio ou carreira? Por que queremos crescer? Qual o nosso objetivo?

Nasce uma empreendedora

Muitos brasileiros ainda têm ideias equivocadas em relação a ter um negócio próprio, como:

  • Vou trabalhar menos e ganhar mais;
  • Nunca mais terei chefe;
  • Vou tirar férias quando quiser.

Bom, a realidade é bem diferente. No começo, você vai trabalhar mais e ganhar menos. Cada cliente será seu chefe com o poder de demiti-la e as férias vão demorar a acontecer. Importante ressaltar que uma boa empreendedora é aquela que é uma excelente solucionadora de problemas, que trabalha mais do que todo mundo e é a última a ser paga.

Outro pensamento cultural brasileiro é de que vale mais a pena ser funcionário de uma grande empresa do que o proprietário de micros e pequenos empreendimentos.

No mundo empreendedor é necessário desenvolver uma nova cultura: a do empoderamento e não de dependência.

Será que vai dar certo?

Se existe algo com o que todos os seres humanos precisam conviver durante toda a vida é a incerteza. Seja na faculdade, carreira ou vida pessoal. Óbvio que existem aqueles que sabem tudo. Porém, a autora ressalta que é preciso ter cuidado com este tipo de pessoa. Raramente eles fazem alguma coisa pois tem certeza de que não vai dar certo.

A boa empreendedora não é aquela que não possui dúvidas ou nunca erra, e sim quando não se deixa abater pelas incertezas, luta para ser a melhor e não permite que o medo a atrapalhe. Quando erra, a empreendedora inteligente não desiste, mas segue em frente com mais experiência na bagagem.

Multiespecialista

Segundo o dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, um especialista é o profissional “que se especializou em determinado domínio, conhecimento, atividade e etc.” Para ser empreendedora é necessário ter conhecimento em mais de uma função, ou seja, ser uma multiespecialista.

Considerando que a maioria das pessoas começam o seu negócio sem outros especialistas, é essencial que a empreendedora tenha um conhecimento geral sobre todos os assuntos do empreendimento. Como funcionária de uma empresa, não se limite a saber o que acontece somente no seu departamento, mas procure entender como a organização funciona da forma mais ampla possível.

Os inimigos do crescimento

São diversos os inimigos que agem para que você fique estacionada onde está. Como a melhor forma de combater o inimigo é o conhecendo, a autora listou as principais atitudes que fazem com que você pare no lugar ou regride.

  • Comodismo
  • Conformismo
  • Excesso de cobrança
  • Individualismo
  • Egocentrismo
  • Distrações
  • Reclamações
  • Elogios - em excesso pode fazer com que você entre no comodismo ou no egocentrismo.

A administração do tempo

Já ouviu a expressão “tempo é dinheiro”? Ela é a mais pura verdade. Com o tempo, a empreendedora percebe que para ganhar dinheiro é preciso produzir, ou seja, tempo perdido, saldo negativo.

O cérebro humano trabalha para gastar o mínimo de energia possível e se manter saudável. Por isso, quando estamos sobrecarregados, ele busca válvulas de escapes, como a dificuldade para se concentrar.

A falta de concentração é a forma mais comum de perdermos tempo. Por isso, procure estar concentrada e focada na tarefa atual e quando finalizá-la, parta para a próxima. Você até pode fazer várias coisas no mesmo dia, mas não ao mesmo tempo.

Outra tática usada pelo cérebro para economizar energia é a procrastinação, ou seja, o hábito de adiar as coisas. O órgão também busca por válvulas de escape, como ir ao banheiro, comer alguma coisa ou falar com alguém.

Ladrões de tempo

Basicamente, os ladrões de tempo são coisas que nos distraem e tiram o nosso foco do que é realmente importante. Vamos conhecer alguns?

  • Redes sociais;
  • Whatsapp;
  • Comunicação truncada e sem objetividade;
  • Má escolha do meio de comunicação - por exemplo, aquele cliente que você conversa durante 20 minutos ao telefone e depois fala “me passa isso escrito por e-mail?”;
  • Não saber dizer não e acabar perdendo tempo resolvendo os problemas de todo mundo.

Segundo Christian Barbosa, o maior especialista em gerenciamento de tempo, ele é uma trindade com três esferas juntas: importante, urgente e circunstancial.

  1. Importante - aquilo que traz retorno efetivo, que é feito com tempo e proporciona satisfação ao realizar. Isso não vale só para o âmbito profissional, como também para tudo aquilo que você julga importante na sua vida.
  2. Circunstancial - são ocorrências que não temos como prever ou evitar, como ligações, e-mails ou visitas inesperadas.
  3. Urgente - de acordo com a autora, o urgente é o importante feito na hora errada e acaba trazendo um sentimento de estresse junto com ele. Pode ser aquele trabalho que você achou que tinha tempo de sobra e foi procastinado até não poder mais.

Segundo Christian Barbosa, a tríade ideal é quando conseguimos organizar o nosso tempo e equilibrar as três esferas da seguinte maneira: 70% - Importante; 20% - Urgente e 10% - Circunstancial.

A imagem da empreendedora

No momento que você decide crescer profissionalmente, seja sendo funcionário de uma empresa ou dona do próprio negócio, é importante cuidar da sua imagem. Se você é indisciplinada, não cumpre prazos, atende mal o cliente ou não domina a área que deveria, sua carreira ou empresa nunca vai ser levada a sério.

E não pense que isso só vale para o mundo real, no espaço virtual também é necessário ficar de olho, mesmo que você tenha um perfil pessoal nas redes sociais separado do trabalho. Tenha muito cuidado com o que você posta, pois não há divisão entre a sua pessoa e a sua carreira.

Empreendimento x Relacionamento Afetivo

Atualmente, o que vemos como “atitude certa” são homens e mulheres que priorizam os estudos e a carreira, e só depois de terem conseguido uma vida profissional e financeira estável que se preocupam com relacionamento (normalmente depois dos 35 anos).

Os autores do best-seller Casamento Blindado, Renato e Cristiane Cardoso, atestaram alguns dados, como: ter um parceiro ao seu lado com os mesmos objetivos, dobra a força de trabalho. Ao mesmo tempo, quando se está em um relacionamento inadequado em que você e seu companheiro tem metas diferentes, tudo fica mais difícil.

A autora afirma que em uma pesquisa extraoficial foi perguntado a mulheres empreendedoras qual é o maior obstáculo para o crescimento do seu negócio. A maioria respondeu que o que as atrapalhavam eram os maridos. As maneiras que os companheiros atrapalham o crescimento variam um pouco, mas são basicamente esses:

  • Tratar o negócio da esposa com desdém, sem dar crédito, considerando como um mero passatempo;
  • Temer que a renda da esposa ultrapasse a sua;
  • Encarar a independência financeira da mulher como uma ameaça ao casamento.

É óbvio que gerenciar um negócio demanda muito tempo e você vai precisar separar um tempo para curtir com o seu parceiro e fazer a manutenção do casamento.

Empreendedorismo materno

Mesmo que você não seja mãe (e nem queira ser), não pule esta parte. Ele vai lhe proporcionar uma visão panorâmica do que é conciliar várias coisas importantes ao mesmo tempo.

Se existe uma tarefa que não se pode adiar, é a de ser mãe. No artigo, Ser mãe é padecer na internet, publicado no Estadão, a jornalista Rita Lisauskas fala sobre como as empresas esperam que as mulheres trabalhem como se não tivessem filhos, e as crianças demandam como se a mãe não trabalhasse fora.

Por conta disso, muitas mulheres têm escolhido abandonar o mercado tradicional de trabalho. Repare que isso não significa deixar de trabalhar. E é aí que entra o empreendedorismo materno.

Poder abrir seu negócio em casa ou em um ambiente baby friendly (tradução: amigável para bebês) tem sido uma saída para mães que não podem, ou não querem, deixar de trabalhar, mas desejam estar mais presente na vida dos pequenos.

Ser empreendedora não é tarefa fácil, então imagine ser mãe empreendedora. Um super desafio. Mas cuidado. Não é porque você é dona do seu negócio que pode trabalhar a hora que desejar e passar todos os momentos com o seu filho.

Atualmente, existem diversos grupos de apoio às mães empreendedoras que buscam não só divulgar o seu negócio, como também dar suporte à mulher que quer ser bem-sucedida como mãe e profissional.

Como começar a empreender

Deste ponto em diante vai começar uma jornada que serve tanto para quem quer abrir o próprio negócio, como também para não está segura de que este é o melhor caminho.

Resumidamente, para quem um negócio aconteça são necessários três fatores:

  1. Produto e/ou serviço;
  2. Cliente
  3. Forma de recebimento

Se você tem apenas 1 ou 2 dos fatores, infelizmente ainda não é um negócio. Para o empreendimento funcionar, as três coisas precisam estar funcionando o tempo todo.

Em muitos casos, os empreendedores têm facilidade em encontrar um erro grande, mas se esquecem da sucessão de pequenas falhas, o que pode ser ainda mais fatal para o projeto. Por exemplo, pagar cinquenta centavos a mais por metro de tecido para inofensivo, mas quando se é multiplicado por milhares de metros, você descobre o porque seus lucros estão sumindo.

Para ajudar as futuras empreendedoras, a autora separou um passo a passo para que você inicie seu negócio sem atropelos. Vamos lá?

1. Defina sua área de atuação

Quando você não define em qual área pretende empreender, as chances das coisas darem erradas são muito grandes. Afinal, quando você não escolhe algo para fazer, acaba não fazendo nada.

2. Conheça bem o mercado

Não adianta nada definir a área de atuação sem considerar o mercado em si. Uma boa pesquisa é primordial para direcionar a escolha do negócio. Em qualquer empreendimento precisamos levantar todas as possibilidades e os prós e os contras, em especial os contras.

3. Participe de grupos de empreendedorismo

Trocar ideias e experiências com outros empreendedores é sempre uma excelente vivência. Por isso, faça parte de grupos de empreendedorismo. Eles podem lhe ajudar, e muito, a entender melhor a dinâmica do dia a dia, os desafios e suas soluções. A Rede de Mulher Empreendedora, por exemplo, é um grupo voltado ao empreendedorismo feminino.

4. Monte um plano de negócio

De acordo com a autora, um plano de negócio deve ser algo que simplifique as coisas e não tome mais tempo do que deveria. É necessário refletir antes de agir, pois ao agir precipitadamente pode causar em erros. Porém, é preciso tomar cuidado para o plano de negócio não “engessar” as tomadas de decisão.

5. Implementação do método Canvas

Criado pelo suíço Alexander Osterwalder, o Canvas é uma ferramenta que descomplica o desenvolvimento de planos de negócios. Ao invés de dezenas de páginas com todas as decisões, regras e normas da empresa, o Canvas é composto por uma única página com nove blocos integrados.

  • Proposta de valor — este ponto se refere ao que seu produto e/ou serviço vai proporcionar aos clientes.
  • Segmento de clientes — por mais que você queira vender, deve saber que nem todo mundo será seu cliente, por isso, o melhor é segmentar seus clientes agrupando-os de alguma forma: por gênero, faixa etária, localização, nicho etc.
  • Relacionamento com clientes — aqui você deve definir de que forma irá conquistar e estabelecer (manter) seus clientes.
  • Canais — esse bloco se refere à maneira como seu produto chegará ao cliente.
  • Atividades principais — referem-se às tarefas que você vai realizar para desenvolver seus produtos e/ou serviços para, dessa forma, cumprir a proposta de valor.
  • Recursos principais — sabendo o que você terá de desempenhar, chegou a hora de avaliar quais recursos serão necessários.
  • Parcerias principais — definição de fornecedores e parceiros de trabalho para tornar possível o cumprimento da proposta de valor.
  • Estrutura de custos — neste momento você deve listar seus principais custos, como salários, aluguel, fornecedores, divulgação etc. Em valores ou em porcentagens.
  • Fontes de receita — é como você vai transformar seu produto e/ou serviço em retorno financeiro, ou seja, de que formas o dinheiro chegará ao seu negócio: vendas em loja física, vendas on-line, parcerias com empresas etc.

6. Conheça as formalidades e as burocracias

Em alguns negócios até que é possível começar a testar se ele vai dar certo sem abrir uma empresa. Contudo, trabalhar na informalidade por muito tempo vai impedi-la de crescer, já que outras organizações raramente contratam ou compram produtos sem emissão de notas fiscais.

Por isso, se informe sobre o que terá que fazer para formalizar seu negócio. Conheça as taxas cobradas, a mensalidade de um bom contador, em que carga tributária você se encaixa e outros.

7. Faça um planejamento financeiro

O desejo de todo mundo que abre um negócio é viver de seus lucros. Contudo, como eles podem demorar a acontecer, é essencial ter um bom planejamento financeiro para não ir a falência.

Antes de investir todas as economias no empreendimento, é interessante fazer um caixa pessoal para cobrir seus gastos por alguns meses, até que seu negócio comece a lhe pagar um salário.

10 erros fatais na hora de empreender

Sempre leva essa lição: erros são mais caros do que consultoria. Na criação de um negócio, informação é tudo.

1. Necessidade acima de tudo

Abrir um empreendimento só por necessidade, sem saber se essa opção combina com seu perfil, não é a solução. Se já é difícil abrir um negócio para quem tem isso como sonho de vida, imagina para alguém que só está ali para pagar as contas. Diante das primeiras dificuldades você vai ter vontade de abandonar o navio.

2. Não fazer um plano de negócio

Como falamos antes, um plano de negócios é essencial. Faça ele de acordo com o que funciona o melhor para você. O fundamental é que o plano seja uma ferramenta que visa o futuro do empreendimento e a ajude manter o foco.

3. Oferecer produtos ou serviços sem diferencial

Fazer mais do mesmo não vai destacar seu negócio entre os já existentes. Por isso, ofereça algo diferente do que existe entre seus concorrentes.

4. Não diferenciar modismo de oportunidades reais de negócio

Você já percebeu que de vez em quando uns modismos surgem e desaparecem? Paletas mexicanas, frozen yogurt e pipoca gourmet são só alguns exemplos.Pesquisar a concorrência e o mercado é um bom começo para diferenciar o que é modismo e oportunidade real. Também é importante apresentar um diferencial real para que seus clientes saibam que você veio para ficar.

5. Não saber quem é seu cliente

O sucesso de um negócio está em saber exatamente quem é seu público e como multiplicá-lo de forma a dar conta de atendê-lo.

6. Não ter um bom atendimento pós-venda

Reclamações vão acontecer, é inevitável. Por isso, é essencial ter um canal aberto para ouvir o cliente e atendê-lo em suas demandas e necessidades. Saiba que uma venda não termina quando você entrega o produto ou uma prestação de serviços não acaba quando você finaliza sua parte.

7. Falta de planejamento financeiro

Trabalhar no automático, sem parar para analisar despesas, custos e ganhos, corremos o risco de ficar para sempre na mesma.Um bom planejamento financeiro é um importante aliado para avaliar se o seu esforço está valendo a pena ou não.

8. Querer manter o negócio com os lucros futuros

Trata-se de pessoas que começam a empreender sem ter capital de giro, ou seja, contam com os lucros futuros para manter o negócio funcionando.

9. Misturar o caixa da empresa com as finanças pessoais

Erro mais do que comum cometido por muitos micros e pequenos empresário. Por exemplo, chegou uma conta e você vai lá e pega o valor no caixa. Isso é mortal para a saúde financeira da empresa, pois desestabiliza o caixa e coloca todo controle a perder, pois no fim do dia você vai ter um balanço de vendas que não bate com o valor do caixa. Além disso, você não sabe se o dinheiro retirado não vai fazer falta para quitar alguma despesa da empresa.

10. Errar na escolha do sócio, não fazer um contrato societário ou mesmo ter um sócio

A autora acredita que ter um sócio é ter um risco a mais no negócio. Porém, alguns consultores de negócios enxergam a sociedade de forma positiva, pois um sócio poderia ajudar na administração e nas contas. É preciso ter atenção redobrada, pois como o negócio não é só seu, as decisões também não são.

É necessário que os sócios estabeleçam um contrato que especifique as atribuições de cada um e seus direitos, assim como os termos para caso alguém deseja deixar a sociedade.

Trabalhar em casa: há um jeito certo de fazer isso

A autora também quis incluir algumas dicas do que não fazer quando se trabalha em casa, pois essa é uma ótima opção para começar um negócio sem se comprometer com gastos fixos altos.

  • Não ter um local reservado para o trabalho
  • Não ter horários para começar e parar de trabalhar
  • Não programar as refeições
  • Não ter um local para atender os clientes
  • Descuidar do atendimento
  • Falta de coerência
  • Não envolver a família
  • Não ter tempo para trabalhar
  • Não incorporar a profissional

Administrando o seu negócio

Se você não se sente capacitada a gerenciar um negócio porque não cursou administração de empresas, fique tranquila. Estes cursos são voltados para a administração de grandes empresas e não para quem está montando o seu negócio.

A ideia da autora com este capítulo é que você monte sua estratégia administrativa a partir destas dicas e vá testando na prática, fazendo sempre os ajustes necessários.

Itens básicos para uma boa administração

A verdade é que no começo não vamos bem, nos sentimos desconfortáveis, nos cansamos rápido e o medo fica rondando nossa mente. Mas basta um pouco de treino e perseverança para que a tarefa vá ficando cada vez mais fácil e natural.

Planejamento

Antes de começar a administrar sua empresa na prática, você deve definir como serão as rotinas de trabalho que facilitarão seu dia a dia, sem burocratizar os processos. Seu plano de negócio já é um norte do que você tem a fazer e, a partir dele, deve ser desenvolvida a estratégia para cada área de atuação.

Basicamente você precisa estabelecer alguns pontos fundamentais para que seu negócio se desenvolva da melhor maneira possível, como por exemplo:

  • Horário de funcionamento;
  • Rotina de limpeza;
  • Rotina de compras - defina uma forma de perceber quando as coisas estão acabando, antes delas acabarem efetivamente;
  • Tipo de roupa de trabalho ou uniforme;
  • Procedimentos de fabricação/produção/estoque.
  • Forma de atendimento;
  • Formas de entrega.

Ter determinações como essas predefinidas faz com que as coisas aconteçam com mais naturalidade sem que você precise intervir a cada etapa dos processos. Vale a pena sentar, planejar e analisar periodicamente se os sistemas estão funcionando.

Contratação de pessoal

Um erro de muitos empreendedores é só pensar em contratar pessoas quando surge um pedido inesperado de um cliente com um prazo curto de entrega. Na correria, as formalidades ficam de lado e, em algumas situações, o contratante só percebe que perdeu dinheiro depois que paga todas as despesas e fica sem nada!

Ainda que você trabalhe sozinha e não creia que poderá contratar alguém tão cedo, não custa pensar em como administrar essa tarefa quando necessário. Leve em consideração os impostos e encargos com um profissional formal. Você também pode buscar outras formas legais de contratação, como terceirização, acordo por trabalho específico (freelancer), comissionamento, estágio etc. Vale a pena consultar seu contador e um advogado trabalhista para ver as melhores opções para sua empresa agir de forma justa, sem que você seja prejudicada futuramente.

Treinamento de pessoal

Outro erro frequente é achar que o treinamento é dispensável para determinadas funções consideradas “inferiores” ou óbvias. Todo tipo de trabalho requer instrução, treinamento e avaliação de desempenho, mesmo que pareça desnecessário.

Documentação interna

Com o passar do tempo você sentirá a necessidade de desenvolver alguns documentos internos, como protocolos de entrega e recebimento, anotação de pedidos, planilha de orçamento, contratos para fornecedores e clientes, avisos de entrega etc. O ideal seria que, à medida que você for necessitando de determinado documento interno, o desenvolva de uma forma que possa usar para a maioria dos casos e desenvolva algum sistema automático para empregá-lo.

Contratos e orçamentos

Muitos empreendedores perdem clientes pela demora em mandar os seus orçamentos. Além disso, muitos empreendedores já tiveram algum tipo de problema por não terem feito um contrato por escrito ou por terem assinado contratos sem prestar muita atenção aos termos. Por isso, devemos dar toda importância a esses dois itens que podem tanto nos trazer ganhos, quanto gerar perdas.

Para facilitar a vida do cliente e passar a imagem de empresa séria, a autora mostra um tipo de orçamento objetivo e completo, e que normalmente pode ser resumido a uma página.

  1. Identificação da sua empresa - logomarca, telefone, e-mail e site são essenciais;
  2. Data e validade do orçamento - é importante colocar uma data de validade na proposta para não correr o risco do cliente aparecer com um orçamento antigo;
  3. Discriminação de produtos/serviços - descreva de forma clara e objetiva os produtos e/ou serviços que fazem parte da sua proposta.
  4. Valores - em certos tipos de negociação, como venda de produtos, é imprescindível apontar os valores unitários e os subtotais de cada item para assim se chegar ao valor total.
  5. Forma de pagamento - se você deixar esse item em aberto, cada cliente vai propor uma forma que seja ótima para si, mas nem sempre boa para você.
  6. Prazo - há certos tipos de negociações em que o prazo interfere no preço, portanto, quando você não estabelece prazos de entrega, seu orçamento não está completo e você deixará margem para o cliente interpretar como quiser.
  7. Condições/observações - tenha um campo para anotações extras e esclarecimentos necessários.

Controles em geral

Exercer controle sobre sua atividade não é difícil, o desafio fica por conta de estabelecer certa organização e perseverar em mantê-la. Para que você não se perca em meio às diversas atividades que vai exercer como empreendedora, a autora lista algumas dicas:

  • Agenda: compromissos e tarefas precisam estar bem definidos para que não haja nenhum tropeço nem perda de tempo. Mas, além disso, você também deve ter o controle de outras datas, como renovação de serviços, renovação de seguros, férias de funcionários etc.
  • Arquivos em geral: estabeleça um método de arquivar pedidos e orçamentos (concretizados ou não) para que você tenha sempre um bom parâmetro de como está o movimento do seu negócio. Seja físico ou digital, o sistema de arquivo deve ser o mais simplificado possível para que você encontre tudo o que precisar sem perder tempo.
  • Estoque: este item deve ser controlado com muito rigor, ou corre o risco de perceber a falta de um produto justamente quando o cliente pede. O mesmo serve para o estoque de matérias-primas e todo tipo de material.
  • Contas: tenha pastas individuais organizadas por conta. Organizar por mês não é uma boa, pois quando você precisa consultar uma conta geralmente é pela despesa em si e não pelo mês de pagamento.
  • Compras: além de ter controle sobre o estoque de materiais, produtos de limpeza, entre outros, definir “prazos” de compra para determinados itens faz uma tremenda economia.
  • Fornecedores: mantenha uma lista em ordem alfabética, por segmento ou tipo de fornecedor.
  • Clientes: cadastrar seus clientes é primordial. Se você não conhecer seus clientes ou não souber onde encontrá-los estará perdendo dinheiro.

Adote o Processo de Melhoria Contínua — PMC

Por mais que sua empresa seja microscópica será excelente saber o que é esse tal de Processo de Melhoria Contínua (PMC) e implementá-lo no seu negócio (e na sua vida). Trata-se de ter em mente que tudo precisa estar em um processo de constante melhoria e que nunca chegaremos ao ponto de dizer: melhor que isso impossível.

Mas tome cuidado com o PMC, ele serve para que você atue cada vez melhor, e não para travar processos em busca da perfeição.

Departamento financeiro

A autora apresenta o sistema que usa para organizar as finanças. De acordo com ela é muito simples.

Como começar seu “departamento financeiro”

A autora lista alguns itens essenciais para o início do seu departamento financeiro:

  • Pastas suspensas ou organizadores;
  • Envelopes plásticos para pastas suspensas (já vêm perfurados para encaixar nas ferragens);
  • Pastas com elástico;
  • Etiquetas comuns;
  • Pasta sanfonada;
  • Calculadora simples;
  • Computador;
  • Impressora.

Com esses materiais você vai começar a organizar seu departamento financeiro tanto na parte dos arquivos físicos quanto no controle digital.

Planilha bancária

A ferramenta central do seu departamento financeiro é o que chamo de “bancária”. É fundamental que você tenha uma conta exclusiva para gerenciar as despesas do seu negócio.

Depois, crie um arquivo no computador para acompanhar o movimento da conta bancária. Nela, você lança: as contas a pagar e a receber e, dessa forma, você consegue antever o fluxo de caixa.

Veja algumas estratégias simples para equilibrar o fluxo de caixa da sua empresa e não deixar os problemas financeiros tomarem conta:

  1. Análise periódica - estar sempre de olho na sua planilha para prevenir futuros problemas no seu caixa.
  2. Corte de custos
  3. Promoções - quando você perceber que seu caixa vai baixar, pode criar algumas promoções ou oferecer vantagens a seus clientes para aumentar seu faturamento ou antecipar recebimentos.
  4. Antecipação de recebíveis
  5. Solicitação de capital de giro
  6. Estabelecimento de parcerias - quando seus custos e despesas estão muito altos a ponto de poder prejudicar o negócio, que tal buscar parcerias para unir forças e dividir despesas?

Como precificar seu produto e/ou serviço

Muitos empreendedores têm dificuldade em precificar seus produtos e serviços.

No caso dos produtos, para calcular o preço de venda você precisa, antes de tudo, saber o preço de custo. Quando se revendem produtos o cálculo é mais fácil, pois geralmente se acrescenta de 1,8 a 2,2 sobre o custo.

Para a prestação de serviços, ao invés de baixar o preço, busque oferecer um diferencial, pois é isso que vai fidelizar o cliente. Levante o valor de suas despesas mensais e os custos implicados na prestação do serviço para compor sua tabela de preços.

Quem é seu cliente?

Todas as pessoas que começam o próprio negócio, seja ele do tamanho que for, têm a meta de alcançar o maior número de clientes possível. O desafio é saber identificar quem é seu cliente e, assim, colocar toda a sua força em ações que irão alcançá-lo.

Antes, você precisa focar no que o seu produto ou serviço pode oferecer. Qual é o problema ou a necessidade que ele atende? Achando essas respostas, ficará mais fácil encontrar seu cliente.

Uma vez definido o conceito do seu produto, o que ele oferece e que necessidade atende, você conseguirá identificar seu público e direcionar suas forças para alcançá-lo. Se você chegou à conclusão, bem embasada, de que seu produto ou serviço é X e que vai suprir a necessidade Y, busque clientes que entendam sua proposta e trabalhe focada neles. Foco é uma coisa que toda empreendedora deve ter e jamais permitir que seus olhos se desviem dele.

Criando uma identidade para o seu negócio

Mais uma vez é muito comum vermos empreendedores que focam no produto ou no serviço que oferecem, mas não investem em desenvolver uma identidade para seu negócio. A gestão da marca é fundamental mesmo se você for uma micro ou pequena empresa.

Branding

Também conhecido como Gestão de Marca, o branding é um conjunto de medidas com o objetivo de despertar uma percepção de valor de uma marca junto ao seu público-alvo.

Naming

Assim se chama o processo de escolha do nome de uma empresa. Em português seria algo como “nomeando”, mas o mercado acabou adotando o uso da palavra em inglês mesmo. Um bom nome é aquele que transmite visão, posicionamento, ideia central, caráter do negócio, produto ou serviço. A autora apresenta 5 dias para escolher o nome ideal para o empreendimento:

  1. Curto e de fácil compreensão
  2. Fácil de memorizar
  3. Não seja contraditório
  4. Disponível para registro
  5. Não limite seu crescimento - como nomes descritivos que limitam a sua empresa, como Bolos Caseiros.

Divulgação

Por mais que você inicie seu negócio de forma bem modesta e com pouco dinheiro, é possível já apostar na divulgação. Com o advento da internet esse trabalho se tornou mais democratizado, pois todo mundo pode ter seu espaço a custo zero.

Meios impressos

  • Cartão de visita - é essencial que tenha todos os dados de contato da empresa, no telefone não esqueça de colocar o DDD.
  • Flyers e panfletos
  • Folder
  • Banners
  • Materiais especiais, como itens de papelaria

Meios digitais

  • Redes sociais
  • Linkedin
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Quando estamos no mundo corporativo não há lugar para amadorismos. As pessoas não vão lhe dar um desconto por ter um site feio e engessado só porque você está começando ou porque não é da área. Por isso, aquilo que está fora do seu alcance em termos de execução profissional, programe-se para delegar ou contratar. O investimento vai valer a pena, afinal, é a imagem do negócio pelo qual você tem lutado tanto!

Fidelização de clientes

Uma das questões mais difíceis de lidar em relação a ter o próprio negócio são os altos e baixos do faturamento, e isso pode ser um pouco frustrante. De acordo com a autora as oscilações, geralmente, estão ligadas a uma alta rotatividade de clientes. Por isso, uma das coisas com as quais uma empreendedora bem-sucedida deve se preocupar é em fidelizar seus clientes.

Há uma série de atitudes que poderão ajudá-la a manter seus clientes enquanto você trabalha em busca de outros. Vamos conhecê-las?

  • Estabeleça um vínculo com seus clientes - procure fazer algum tipo de cadastro do cliente para desenvolver uma comunicação mais dirigida.
  • Classifique seus clientes, como frequentes, ativos, eventuais, ocasionais e consumidores.
  • Invista no pós-venda

Evite os erros mais comuns

Quando se fala em fazer de tudo para manter seu negócio funcionando, não entenda como fazer qualquer coisa. No afã de pagar as contas ou ver o empreendimento crescer rapidamente, muitos empreendedores têm cometido erros dos quais não conseguem se livrar mais tarde. Vamos conhecer alguns:

  • Viciar o cliente em promoções
  • Mau posicionamento de descontos - sempre deixe claro qual é o preço normal e qual é o valor com desconto
  • Campanhas mal planejadas - a autora uso o exemplo de operadora de televisão que oferece descontos para novos clientes, mas não tem nenhuma vantagem para os consumidores fiéis.
  • Entrar em concorrências desleais

Notas Finais

E aí, já se sente preparada para empreender? Apesar de não ser um processo simples, criar o seu próprio negócio pode ser enriquecedor. E mesmo que você não sinta vontade de apostar em um empreendimento, utilize as dicas deste livro para alavancar a sua carreira. Lembre-se que tudo o que você precisa está dentro de você.

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Quem escreveu o livro?

Patrícia é jornalista, escritora, blogueira, colunista de TV e Rádio, além de palestrante. Com mais de 20 anos de carreira, trabalhou em lugares como Buenos... (Leia mais)

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